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    Abordagem Multiprofissional e Multidisciplinar à Pessoa Tabagista na Atenção Primária em Saúde (APS) (BRASIL, 2015; INCA, 2021).

   Segundo Laranjeira, Duailibi, Silva (2021).

  É possível parar de fumar sozinho, mas você pode buscar ajuda em um posto de saúde mais próximo da sua casa.

    Se você já tentou parar sozinho por três vezes e não obteve sucesso, procure ajuda médica e psicológica.
 
    O Sistema Único de Saúde (SUS) deve oferecer essa ajuda na Rede Básica de Saúde.

     Uma das medidas a serem implementadas para estímulo à cessação de produtos de tabaco é a recomendação a todos os profissionais de saúde para que exerçam uma das ações de “Boas Práticas no Tratamento do Tabagismo” (INCA, 2021).
 
     O usuário tabagista precisa ser acolhido e avaliado por sua equipe de saúde. Essa avaliação deve incluir uma investigação das principais doenças e fatores de risco relacionados ao tabagismo, bem como da avaliação do grau de dependência da pessoa ao cigarro, seu estágio de motivação para a cessação do tabagismo e suas preferências para o tratamento (INCA, 2021).

    Trata-se de possibilitar que todo usuário receba de um profissional de saúde pelo menos um aconselhamento breve para parar de fumar em qualquer situação de atendimento em saúde, seja em uma consulta médica, psicológica, nutricional, assistencial, odontológica, de atividade física ou estética (BRASIL, 2015).

O QUE É A ABORDAGEM BÁSICA?

         O Inca (2021) estabelece o primeiro passo para a Avaliação da Pessoa Tabagista é o reconhecimento do tabagista na comunidade adstrita à Unidade Básica de Saúde (UBS). Esse reconhecimento pode ocorrer basicamente:

• Por meio do preenchimento da Ficha de Cadastro Individual (CDS – e-SUS AB), por qualquer profissional de saúde, sendo os agentes comunitários de saúde (ACS) os profissionais-chave para esse momento.

 

Durante qualquer atendimento na UBS (BRASIL, 2015):   

• Consiste em perguntar, avaliar, aconselhar, preparar e acompanhar um fumante para que deixe de fumar. Também pode ser feita por qualquer profissional da saúde durante uma consulta de rotina, com duração de três a cinco minutos em cada contato (BRASIL, 2015).         

• Esta abordagem é indicada para todos os fumantes e mais recomendada que a anterior porque prevê o retorno do paciente para acompanhamento na fase crítica da abstinência. Portanto, é igualmente uma abordagem que se constitui em uma importante estratégia em termos de saúde pública, além de oferecer a vantagem do baixo custo (BRASIL, 2015).

      É essencial que o profissional de saúde dialogue com o usuário, estimulando-o a pensar sobre o seu consumo de cigarro.         Podem-se incluir perguntas simples acerca do tabagismo no acolhimento ou na visita domiciliar (BRASIL, 2015):

  1. Perguntar ao paciente sobre o uso do tabaco (frequência, quantidade);

  2. Registrar as respostas nos prontuários;

  3. Dar breves conselhos sobre o abandono de fumar;

  4. Quando identificar dificuldades do paciente em conseguir parar com a abordagem breve/mínima/básica;

  5. Encaminhar os fumantes para o tratamento mais intensivo disponível nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), que possuem uma abordagem mais prolonga da e insumos que auxiliam na cessação.

  

  São essas abordagens iniciais que aproximam o usuário das equipes, facilitando também a procura por tratamento (BRASIL, 2015).

Atuação da Equipe de Saúde em relação aos Grupos de Apoio à Pessoa Tabagista (TEODORO, 2012).

   Segundo Teodoro (2012) a equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF) deve estar envolvida no auxílio aos usuários de tabaco. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) devem alertar os moradores da sua microárea sobre os riscos advindos do uso do tabaco e incentivá-los a participar dos grupos de apoio desenvolvidos na UBS. 

   S
ão diversas ações desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar: orientações (palestras educativas) em sala de espera/acolhimento, atividades (oficinas, dinâmicas, etc.), além de consultas especializadas com a distribuição de medicamentos que ajudam a eliminar o hábito de fumar. 

   Assim, o dentista, o enfermeiro e o médico podem atuar tanto na sensibilização dos que procuram por atendimento e são fumantes como na condução dos grupos.    Por fim, o médico também participa do processo com a prescrição dos medicamentos de apoio e no tratamento de problemas de saúde decorrentes do uso do tabaco já instalados.

       Portanto, cabe a todos os profissionais da equipe, o esforço de investir na melhoria do modo de viver cotidiano.
   
   Neste sentido, as terapias de grupo
muito têm contribuido ao fumante que possui interesse em parar de fumar.

      Para participar dos grupos os fumantes interessados deverão procurar a unidade de saúde do seu bairro para maiores informações, levando em mãos o cartão SUS. Contudo, em tempos de pandemia por Covid-19 tais ações não estão ocorrendo, devido ser necessário evitar aglomerações que causem propagação viral.

     
É importante ressaltar também que ao desenvolver ações que cultivam hábitos saudáveis na população da área de abrangência, consequentemente apoia-se na promoção da saúde que transcende a visão reducionista que trabalha com o conceito de saúde como ausência de doença.     

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